BE@T – Bioeconomia no Têxtil
e Vestuário

O projeto
Apoiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a indústria têxtil nacional vai investir 138 milhões de euros na bioeconomia sustentável, procurando a mudança de paradigma para o setor e a criação de produtos de alto valor acrescentado a partir de recursos biológicos, em alternativa às matérias de origem fóssil.
Liderado pelo CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal), o projeto BE@T envolve um consórcio de 54 promotores, entre empresas, universidades, centros tecnológicos e outras entidades, que trabalharão em parceria no desenvolvimento de novas matérias-primas, tecnologias e equipamentos de fabrico e processamento, bem como na capacitação de todos os stakeholders envolvidos e na comunicação mais ampla à sociedade.
O projeto terá a duração de 3 anos, estando prevista a conclusão em dezembro de 2025.
Goals
- Desenvolver novos produtos e materiais têxteis rastreáveis, de origem biológica, renovável (incluindo floresta, resíduos agroindustriais e fibras naturais alternativas) e com melhores credenciais ambientais, sem afetar os seus níveis de performance;
- Desenvolver tecnologias e processos de produção e acabamento avançados e sustentáveis;
- Explorar abordagens inovadoras de eco-design e eco-engenharia, para garantir a circularidade de todos os produtos têxteis;
- Promover o uso/reutilização, recolha e reciclagem de têxteis, modelos de negócio económicos e parcerias estratégicas, bem como políticas regionais eficazes, para implementar cadeias de valor têxteis circulares, sustentáveis e económicas;
- Contribuir para uma cultura de sustentabilidade e de consumo responsável, informando e envolvendo consumidores, agentes da cadeia têxtil, marcas e outros stakeholders relevantes;
- Contribuir para a geração e consolidação de uma Fileira Nacional da Indústria Têxtil e Vestuário verdadeiramente inovadora, sustentável e circular.
Pilares do projeto
Pilar I – Biomaterial
- Iniciativa 1 – Dinamizar atividades I&D para o aproveitamento da celulose florestal (pasta e residual) para a produção de fibras e TNT artificiais.
- Iniciativa 2 – Dinamizar o setor agroindustrial para valorização de resíduos como matéria-prima para produção de novas fibras naturais.
- Iniciativa 3 – Dinamizar o desenvolvimento de novas matrizes celulósicas para aplicações têxteis de elevada tecnicidade.
Pilar II – Circularidade
- Iniciativa 4 – Dinamizar a reutilização de fibras (pré e pós-consumo) para reintrodução no processo de extrusão de fibras naturais e/ou artificiais, através de processos otimizados de reciclagem.
- Iniciativa 5 – Dinamizar a utilização de resíduos e subprodutos de outros setores, como ingredientes e/ou matérias-primas para o desenvolvimento de novos processos de funcionalização têxtil e novos produtos.
Pilar III – Sustentabilidade
- Iniciativa 6 – Dinamizar a transferência e promoção do cruzamento de saberes do Eco-Design e da Eco-Engenharia, de forma a promover o desenvolvimento de produtos para a circularidade (zero waste).
- Iniciativa 7 – Dinamizar o desenvolvimento de métricas que permitam validar as alegações de sustentabilidade e circularidade dos artigos têxteis, de modo a responder às exigências de transparência e credibilidade.
- Iniciativa 8 – Dinamizar o desenvolvimento de processos e ferramentas para obtenção do ‘CV’ do produto, que permita a transparência e rastreabilidade na cadeia de fornecimento, de forma credível, em sistemas robustos como o blockchain.
Pilar IV – Sociedade
- Iniciativa 9 – Aposta estratégica em campanhas de sensibilização dos consumidores e todos os stakeholders do setor, com vista à informação, sensibilização, estímulo a atividades de reparação/reutilização e valorização da marca “From Portugal” no mercado internacional.
O Papel do BCSD Portugal
Formações teóricas
Destinadas a profissionais da indústria e retalho, em formato presencial e/ou assíncrono, com níveis diferenciados e dedicadas a temas essenciais para a sustentabilidade da indústria nacional (ex. Eco-Design e Eco-Engenharia).
Formações práticas
Destinadas a designers e equipas criativas das empresas do setor, de carácter experimental e aplicação técnica (ex. Designathons e Bootcamps de Design Thinking).
Índice têxtil
Construção de nova metodologia de avaliação ESG para a indústria têxtil, sua promoção e divulgação.
Ações de comunicação
Campanhas de sensibilização em Eco-Design e Eco-Engenharia, campanhas de promoção do índice de sustentabilidade do setor e implementação de um pacto setorial para a Bioeconomia na indústria têxtil.