Numa era em que a urgência de combater as alterações climáticas é demais evidente, é inegável que a inovação desempenha um papel crucial na sobrevivência da humanidade, já que as soluções existentes são ainda insuficientes para conter o aumento da temperatura e mitigar os impactos devastadores no nosso planeta.
Este desafio requer uma abordagem holística, onde a criatividade, a investigação e o espírito empreendedor terão de se unir para encontrar soluções que tornem o futuro mais risonho para todos. Para isso, é necessário estabelecer pontes e integrar estratégias, aprofundando as relações entre a academia e as empresas e o setor público e o privado. O desafio é urgente e é preciso fazer “mais e melhor”, como dizia Alfredo da Silva – o maior industrial português do século XX e que está na génese da Fundação Amélia de Mello, promotora da bolsa de investigação José Manuel de Mello Empreendedorismo.
É inegável a importância da inovação enquanto agente catalisador da mudança de paradigma energético e da descarbonização. É através da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias, práticas e modelos de negócio que vamos encontrar formas eficazes de reduzir as emissões de carbono e mitigar os impactos das alterações climáticas. Desde a energia renovável até à agricultura sustentável, a inovação é a chave para criar soluções transformadoras que vão impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono.
Esta transição não é apenas um imperativo ambiental, mas também uma enorme oportunidade económica, tecnológica e social para Portugal se afirmar, reindustrializar e prosperar. Da transição energética ao investimento em tecnologias limpas, passando pelo desenvolvimento de novos modelos de negócio baseados na economia circular e serviços sustentáveis, as hipóteses são muitas e com um enorme potencial de geração de valor. É, por isso, fundamental que os esforços sejam concertados: as escolas devem apostar na promoção do espírito empreendedor, as empresas na inovação e os governos no apoio a novos projetos disruptivos.
Neste contexto, a bolsa de investigação promovida pela Fundação Amélia de Mello e pelo BCSD Portugal desempenha um papel muito importante. Ao apoiar e financiar projetos de investigação que abordam a sustentabilidade numa ótica de geração de valor, esta bolsa não só impulsiona a inovação, como também capacita uma nova geração de líderes e pensadores comprometidos com a causa da descarbonização. É um investimento no conhecimento e na criatividade que promete colher dividendos duradouros para o nosso planeta e para as futuras gerações.
Ao investir na investigação e na inovação, estamos a investir no nosso futuro coletivo, construindo um mundo mais sustentável, resiliente e próspero para todos. É hora de abraçar esta missão com determinação, honrando o legado de pioneirismo de Alfredo da Silva e do seu neto José Manuel de Mello, que dá o nome a este prémio, dando vida a uma visão de progresso que transcende gerações.
Artigo por Madalena Freire de Andrade, Administradora da Nutrinveste e da Sinvepart.
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