A transição energética é mais do que uma tendência: é um imperativo global. E as energias renováveis são peça fundamental na construção de um mundo mais sustentável. Além de ajudarem a combater as alterações climáticas, as renováveis geram impactos positivos pouco mencionados, como na saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 13 milhões de mortes anuais estão relacionadas com causas ambientais evitáveis, o que sublinha a urgência do tema.
As renováveis são também críticas para assegurar a segurança e independência energética, para além de serem, já hoje, a forma mais barata de produzir eletricidade em grande parte do mundo. Mas, para garantir a resiliência do nosso sistema elétrico, é fundamental apostar na diversificação de tecnologias para mitigar os efeitos das variações de produção sazonais.
A cimeira do clima, COP29, terminou há poucos dias e o resultado foi um acordo que prevê a adoção de um objetivo financeiro global de 300 mil milhões de dólares por ano (três vezes mais do objetivo anterior), a ser atingido até 2035. Este acordo deverá contribuir para ajudar os países em desenvolvimento a proteger as populações e as economias das alterações climáticas, bem como a partilhar os vastos benefícios do boom das energias limpas, nomeadamente mais empregos e energia mais barata e limpa para todos.
Garantir uma transição energética global exige, de facto, compromissos financeiros robustos, mas é também necessário garantir a viabilidade económica e financeira dos projetos, tornando-os atrativos para todas as partes. Sem esta base, alcançar as metas globais e democratizar os benefícios das energias limpas será um desafio ainda maior.
O Grupo Greenvolt reconhece a urgência climática e o papel fundamental que as energias renováveis ocupam na configuração do novo paradigma energético, pelo que toda a energia que produz é 100% renovável, em 20 países, com diferentes tecnologias, em projetos de diversas escalas. No segmento de biomassa sustentável valorizamos resíduos florestais e lenhosos, promovendo a economia circular, a limpeza das florestas e a redução do recurso a aterros. Investimos em projetos de Grande Escala, na área solar, eólica e baterias, capazes de produzir grandes quantidades de energia limpa. Apostamos fortemente em soluções descentralizadas para autoconsumo, através das quais as empresas podem produzir a sua própria energia em infraestruturas já existentes (telhados, estacionamento ou espaços adjacentes) – e, quando há excedentes, podem partilhá-lo com a comunidade local. Esta é uma abordagem totalmente racional, porque rentabiliza os espaços, democratiza o acesso a energia limpa, podendo ser complementada com soluções como mobilidade elétrica.
Por entender que a responsabilidade em gerar impacto positivo no planeta deve estar para além do negócio, nomeadamente através de iniciativas que aliem a componente ambiental e social e que ajudem a materializar a nossa estratégia de sustentabilidade, o Grupo Greenvolt desenvolveu o programa STOP – Rethink Your Impact (Share, Talk, Offer, Protect) com iniciativas que vão desde o combate à pobreza energética de IPSS e famílias carenciadas, atribuição de bolsas de estudo de mérito a crianças e jovens, a ações de voluntariado em benefício da biodiversidade e dos ecossistemas. Paralelamente, promoveu também a literacia energética e a partilha de conhecimento sobre transição energética e energias renováveis com o roadshow Plug Into Knowledge, que tem levado a várias localidades e instituições uma agenda repleta de atividades.
Este é o caminho para garantir um mundo sustentável, para todos!
Carla Sampaio
Director of Sustainability & Corporate HSE do Grupo Greenvolt