Missão: Parentalidade e Sustentabilidade

O nascimento de um filho é um dos momentos mais especiais e incríveis que se pode ter ao longo da nossa vida. Pessoalmente, já tive a sorte de poder fazer esta viagem duas vezes e no meu caso, contrariamente ao que já ouvi dizer, a segunda vez foi tão única como a primeira. Claro que é um caminho com um misto de emoções felizes, incertezas, muitos sorrisos e cansaço, mas é precisamente essa combinação que torna este momento em algo que dificilmente conseguimos equiparar a outros. O meu filho Tomás nasceu em julho e, portanto, escrevo ainda com esta recordação, que nunca nos deixa, bastante presente.

Provavelmente já poderão estar a pensar de que forma é que a sustentabilidade e as empresas se podem relacionar com um momento tão próprio de cada família. Como defendemos no BCSD Portugal, o equilíbrio entre a vida familiar e o trabalho é um dos tópicos que se enquadra no pilar social e este é um tema cada vez mais relevante, especialmente num contexto em que as expectativas sociais e as necessidades dos trabalhadores estão em constante evolução. Apesar de já ter abordado este tema em várias formações, desta vez também pude experimentar exatamente o que isso significa. Obviamente existem muitas ações que as empresas poderão fazer para apoiar as famílias como dar benefícios e incentivos, a flexibilidade, licenças parentais e programas de apoio à família que tanto ajudarão a conciliar o trabalho e vida familiar. Com isso as empresas podem colher benefícios significativos tanto para os colaboradores quanto para a organização como um todo. Mas o que será que isso significa realmente para um trabalhador?

Nesta minha segunda viagem como pai puder viver na primeira pessoa o que é trabalhar numa organização que se preocupa com este concílio entre família e trabalho, principalmente neste momento em que somos super-heróis e vulneráveis ao mesmo tempo. O BCSD Portugal teve o cuidado de realizar algumas das ações que mencionei acima para apoiar a minha família, mas o que gostaria de destacar foi a forma como as pessoas agiram para me fazer sentir o suporte da organização. Estive dois meses fora, e como a cultura que se vive no BCSD Portugal é de entreajuda e cuidado pelos outros, senti durante todo esse período que me poderia dedicar à minha família sem me preocupar com as tarefas laborais. Todas as vezes que pessoas da equipa falaram comigo durante este período foi para me oferecer ajuda ou valorizarem o facto de ter tido mais um filho. Valorizo muito esse cuidado, que faz parte da nossa cultura, principalmente num momento em que estive mais vulnerável, com muito cansaço e apenas queria dedicar-me à minha família. Ser pai é maravilhoso, mas desafiante ao mesmo tempo. Fica certamente menos desafiante se estivermos rodeados de pessoas que nos ajudam a equilibrar a nossa vida e quando estas estão dentro da organização em que trabalhamos tudo se torna mais simples.

Durante este período pude também passar imenso tempo com o meu filho mais velho, o Vasco. E no outro dia, enquanto víamos uma animação dessas famosas, em que uma personagem dizia “ter um filho é o maior ato heróico que existe”, não podia estar mais de acordo. Mas também é verdade que na organização certa, fica mais fácil ser super-herói.

Obrigado, BCSD Portugal.

Tiago, Inês, Vasco e Tomás.

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