
Edgar Sabino
Diretor de Experiência Colaborador na Cofidis Portugal
Durante muito tempo, a Diversidade e a Inclusão foram tratadas como temas acessórios, frequentemente entregues ao domínio da responsabilidade social. Hoje, esse paradigma está em clara transformação. Falar de diversidade é falar de estratégia, de inovação, de produtividade — e, sobretudo, de sustentabilidade humana.
Num contexto de grande complexidade social e económica, as organizações que colocam as pessoas no centro — todas as pessoas, sem exceções — são as que apresentam melhores resultados. Equipas diversas não são apenas mais representativas do mundo real: são mais ágeis na resolução de problemas, mais criativas nas respostas, mais resilientes face à mudança.
Mas mais do que promover a diversidade, é necessário garantir a inclusão. Porque não basta estar presente — é preciso sentir-se parte. A inclusão acontece quando cada pessoa se sente segura para ser quem é, quando o seu contributo é reconhecido e valorizado, quando sabe que tem espaço para crescer. E este sentimento de pertença não é um acaso: é o resultado de políticas claras, de lideranças conscientes e de uma cultura que se constrói todos os dias.
A transformação exige, por isso, mais do que boas intenções. Exige ação estruturada. Políticas de recrutamento inclusivo. Formação para combater preconceitos inconscientes. Parcerias com entidades da sociedade civil. Acompanhamento personalizado dos percursos profissionais. Espaços de escuta ativa. E, sobretudo, um compromisso visível da liderança.
É nesse alinhamento entre discurso e prática que se constrói confiança — o principal ativo de qualquer organização. E quando essa confiança se estende a todos os níveis da estrutura, os resultados surgem: maior retenção de talento, melhor ambiente de trabalho, maior capacidade de atrair perfis diferenciados. Um estudo da McKinsey & Company, de 2020, mostra que empresas com maior diversidade étnica e cultural nas equipas de liderança têm até 36% mais probabilidade de superar os seus concorrentes em rentabilidade. A ciência comprova-o. A prática confirma-o.
Neste novo tempo das organizações, a diversidade e a inclusão não são apenas o que é certo fazer. São o que é inteligente fazer. E, sobretudo, são o que é necessário fazer para que ninguém fique para trás — nem nas empresas, nem na sociedade.
É esta a visão que procuramos concretizar todos os dias na Cofidis: fazer da inclusão um pilar da nossa cultura, com o compromisso autêntico de sermos uma organização verdadeiramente aberta, humana e inclusiva. Porque ser de pessoas para pessoas não é apenas a nossa assinatura — é a nossa forma de estar.