O imperativo da inovação

If you can dream it, you can do it.

Walt Disney

As organizações existem para prestar serviços e produzir produtos que satisfaçam as necessidades de alguém. Por isso, têm na inovação um imperativo. Porquê? Porque essas necessidades serão evolutivas e porque haverá sempre formas melhores de as satisfazer, isto é, com mais eficiência e eficácia. Obviamente, quanto mais competitivo for o contexto, mais a inovação será um requisito de competitividade e resiliência.

As organizações mais inovadoras geralmente trabalham-na a três níveis: o incremental, o disruptivo e o moonshot.  O nível incremental foca-se em melhorias mais imediatas e graduais, já os outros dois focam-se em transformações mais radicais e estruturais, que geralmente dependem de prazos mais longos. Dando um exemplo, se, por um lado, podemos procurar melhorar as lâmpadas – a sua eficiência e durabilidade, por exemplo –, por outro, é certo que a sua descoberta não se ficou a dever ao contínuo aperfeiçoamento das velas.

Inovar com sucesso depende da conjugação de dois tipos de competências distintas e complementares: por um lado, competências de descoberta e, por outro, competências de entrega. Isto é, não basta criatividade para encontrar novas e melhores soluções, é também necessário ter um plano e assegurar a sua viabilidade técnica, financeira e operacional.

Cientes de que a jornada para a sustentabilidade das empresas implica inovação a vários níveis e em várias frentes, no BCSD Portugal temos vindo a desenvolver iniciativas tanto ao nível mais disruptivo e de reforço das competências de descoberta, como ao nível mais incremental e de reforço das competências de entrega.

Dando exemplos recentes, a nossa recém-lançada ferramenta Jornada 2030, desenvolvida em parceria com a tecnológica C-More, pode ser uma excelente ajuda para as empresas medirem e monitorizarem os seus progressos relativamente à incorporação (gradual) dos aspetos ESG nas suas cadeias de valor. Já o nosso programa de ideação Be@t, que se encontra a decorrer neste momento, procura ser um espaço aberto para construção de soluções mais disruptivas de apoio à transição do setor têxtil e do vestuário para um novo paradigma de bioeconomia circular. Este ano, participaremos no Dia Mundial da Criatividade e da Inovação das Nações Unidas tendo este programa de ideação como caso de estudo.

Por último, e como a criatividade e a inovação não são um imperativo exclusivo das empresas, sendo também necessárias na resposta aos diversos desafios do desenvolvimento humano e dos problemas globais, este mês entrevistámos a Teresa Ricou, fundadora do Chapitô, um excelente exemplo de inovação social ao nível da inclusão de jovens em risco através das artes performativas.

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